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Cores tendência para 2020-21

Depois da cor Patone Living Coral, de 2019, em 2020 a cor selecionada foi o Classic Blue. Vivemos tempos que exigem lealdade e confiança. Pantone 19-4052 Classic Blue, um azul sólido e sempre confiável, encapsula aquela procurada sensação de consistência e confiança. Profundamente significativo, Classic Blue oferece ao homem um ponto de referência confiável. Uma cor evocativa inspirada no infinito do céu crepuscular, Classic Blue incentiva-nos a olhar além do óbvio e a abrir as nossas mentes; desafia-nos a pensar mais profundamente, a alargar os nossos horizontes e a comunicar de forma mais significativa com os outros. E quais as melhores conjugações de tons para usar com o Classic Blue? Aqui ficam as sugestões da Pantone 2020/21 Para 2021 prevê-se que a cor do ano seja.... A.I. (Artificial Inteligence) Aqua, a cor versátil e impactante, que respresenta a tecnologia! Para quem prepara a sua celebração e quer seguir as cores tendência para o próximo ano aqui ficam algumas sugestões de t

Joana & Paulo | Inspiração

A menina que não queria ser princesa...
Desde que me lembro, os sonhos das miúdas da minha idade soam a contos de fadas, a príncipes encantados que hão de surgir num cavalo branco (ou num carro topo de gama!) e trazer com eles a felicidade (quem sabe o dinheiro...) e, claro, o dia de serem levadas ao altar num belo vestido de princesa cheio de folhos e magia.
Só que esta menina não gostava de vestidos, muito pouco de bonecas e menos ainda de princesas. Na cabeça desta maria rapaz de macacão e sapatilhas, há muito que os sonhos não começavam por "era uma vez", se calhar nunca haviam começado. Para ela, o príncipe encantado nada mais era do que um mito, uma mentira da qual muitos homens se aproveitam e com que muitas mulheres se iludem, um mito que nunca haveria de tornar-se real, pelo menos, na sua vida. (e que tristeza devia sentir a mãe por não ter a sua menina a sonhar com isto..!)
Casamentos? Isso então nem ouvir falar. O casamento sempre foi um ritual distante, no qual duas pessoas prometem coisas das quais logo se esquecem e que raramente cumprem (quantos de vós que já casaram ainda sabe de cor as palavras que proferiram neste dia?). Um momento muito aborrecido para uma quantidade de convidados vestidos a rigor e, tantas vezes, com uns sapatos tão desconfortáveis que passam a cerimónia inteira a pensar no momento em que vão tirá-los dos pés! Um dia em que vemos pessoas que já não viamos há anos e em procuramos ultrapassar o aborrecimento entre conversas e brincadeiras com outras que nunca mais voltaremos a ver. Nos últimos anos (e quantas amigas compreenderão este meu desabafo..!), este passou a ser também o dia para ouvir dezenas de vezes a invariável pergunta "E tu, quando é que casas?!".
Quando, porém, passou a haver resposta para esta pergunta, tudo começou a mudar. Ele chegou de forma inesperada, muitos de vós sabem isto, na figura de treinador. Não era amigo, não era desejado, tinha conversas nas quais estava pouco interessada e um jeito de gingão desajeitado que a fazia rir. Mas definitivamente, não era o seu príncipe encantado! Como poderia ser, se nem sequer acreditava nessa possibilidade?! Depois, vieram as zangas, as discussões, as diferenças. O príncipe estava cada vez mais parecido com um sapo e finalmente...... é AMOR!! Amor... ou o que mais parecia ser um íman que inevitável e inexplicavelmente os puxava um para o outro (embora muitos possam ter outras leituras)...!
De repente, estavam envolvidos em muitos e muitos preparativos. (... tic...tac...) Primeiro a quinta, o fotografo, os padrinhos. Depois a data. Sim, a data: 12 de Setembro de 2015, o dia que escolhemos e que marcará para sempre as nossas vidas, venha o que vier. (192 dias) Os convites, os convidados, a ementa. (tic...tac...) E sim o vestido, o stress e as angústias...! A decoração, as mesas, os pormenores (60 dias). As lembranças, as alianças, os papeis. Toda a uma série de decisões para tomar quando o tempo parece escassear por entre os dedos. (20 dias) Tantas emoções que se querem saborear livremente quando o relógio não pára de correr. (tic...tac...) Uns nervos incontroláveis. E, sem perceber, sem acreditar, sem ter tempo de sonhar o suficiente, eis que chega finalmente o grande dia.
Penteada e maquilhada a rigor, chegou a hora de colocar o vestido. Sim, o vestido de princesa com que ela nunca tinha sonhado mas que agora fora pensado, desenhado e costurado com toda a dedicação. Cada pormenor parece mágico. As pérolas, o tule, a tiara, o laço ... Fazem-na entrar no papel de princesa que ela nunca quis ser mas que agora parece assentar-lhe tão bem, como que se a fada madrinha tivesse vindo transformar a gata borralheira. Não foi até à meia noite mas não duvido que também para ela tenham sabido a pouco, muito pouco, as horas em que foi Cinderela.
Não levem a mal, mas é um dia de puro egoísmo. Para sentir a dois. Para saborear cada emoção, cada momento, cada alegria, cada abraço. Para ser uma princesa num palácio repleto de convidados trajados a rigor e felizes por partilhar da tua própria felicidade. Para ter a atenção de todos e ouvir vezes e vezes sem conta "Estás tão bonita!". Para rir e chorar. E, sobretudo, para amar.
Ainda assim, sabe a pouco, muito pouco. Quando se dá por ela, já acabou. O relógio continuou a correr sem parar, mas não levou com ele a magia.
No meu coração ficam as recordações do dia em que a menina passou a querer ser princesa, e foi. Em que os casamentos passaram a ter outro encanto e fazem agora parte de um imaginário sem fim cheio de magia que gostaria, de um dia, poder repetir (quem sabe...!).
E, ao meu lado, ficou aquele que, não sendo príncipe encantado (porque ninguém o é), me fez querer idealizar, planear e concretizar este conto de fada. Aquele que, todos os dias, me faz sorrir e acreditar no amor. O homem com quem decidi partilhar estes e todos os outros momentos, daqui em diante. Com quem quero ser feliz, enquanto durar a nossa história de encantar.
E, porque o relógio nunca pára, já passou um mês. O nosso primeiro mês como marido e mulher. O primeiro de muitos, espero. E vale a pena recordar. Daqui para a frente contamos os dias, até ao primeiro ano. E daí para a frente, só os anos. Mas sem nunca deixar de viver o amor que tornou possível o dia 12 acontecer.
By Joana Neves